O que é Espectrofotometria? O Guia Essencial sobre a Análise de Luz e Matéria em Laboratório
1. O Conceito Fundamental
A Espectrofotometria é uma das técnicas analíticas mais utilizadas em laboratórios de todo o mundo. Em essência, é o estudo quantitativo de como a luz interage com a matéria.
A técnica se baseia na emissão de um feixe de luz de um determinado comprimento de onda através de uma amostra. Ao atravessar a amostra, parte dessa luz é absorvida (ou dispersada) e a parte restante é transmitida. O espectrofotômetro mede exatamente essa diferença.
A espectrofotometria permite a identificação e a quantificação de substâncias orgânicas e inorgânicas em diversas áreas, incluindo controle de qualidade, pesquisa farmacêutica e biotecnologia.
2. Absorção e Transmissão: Os Princípios da Luz
Existem duas medições principais que definem a espectrofotometria:
- Transmitância (%T): É a porcentagem de luz que consegue atravessar a amostra sem ser absorvida. Se a transmitância é de 100%T, significa que toda a luz passou.
- Absorbância (Abs): É a medida da luz que foi absorvida pela amostra. É uma medida logarítmica e é inversamente proporcional à transmitância. Quanto maior a absorbância, mais concentrada (ou menos pura) é a amostra.
A relação entre a concentração e a absorbância é regida por uma das leis mais importantes da Química Analítica: a Lei de Beer-Lambert.
3. A Lei de Beer-Lambert e a Quantificação
A Lei de Beer-Lambert estabelece que a absorbância da luz por uma solução é diretamente proporcional à concentração da substância em questão e ao caminho óptico (distância que a luz percorre através da amostra).
Em termos práticos, se você dobrar a concentração de uma solução, você dobrará a absorbância. Esta relação linear é o que permite aos espectrofotômetros quantificar substâncias através do modo de Medição Quantitativa (Curva de Calibração).
Para que a Lei de Beer-Lambert seja válida (e seus resultados sejam precisos), o espectrofotômetro deve garantir a máxima estabilidade do feixe de luz e o mínimo de luz espúria (luz indesejada).
4. Tipos de Espectrofotometria e Aplicações
Embora existam tipos de espectrofotômetros que trabalham com diferentes faixas de luz, o mais comum no laboratório é o UV-Vis:
- UV (Ultravioleta): Faixa de 185 nm a 400 nm. Essencial para analisar amostras incolor, como DNA, proteínas e diversos produtos químicos.
- Vis (Visível): Faixa de 400 nm a 700 nm. Usado para análises colorimétricas, reagentes coloridos e estudos em que a absorção ocorre na luz visível.
Dentro desses tipos, existem diferentes modos de medição que definem a aplicação:
- Medição Fotométrica: Leitura simples de Absorbância ou Transmitância em um ponto fixo.
- Medição de Espectro (Varredura): Usada para encontrar o comprimento de onda ideal (máximo) para uma substância.
- Medição Cinética: Monitoramento de reações ao longo do tempo (ex: atividade enzimática).
- Medição Quantitativa: Uso de Curvas de Calibração para determinar a concentração exata.
5. Conclusão: Escolha o Equipamento Certo
A espectrofotometria é uma técnica versátil, mas a precisão dos seus resultados depende da qualidade do instrumento.
- Rotina e Ensino (Modelos Visíveis e UV-Vis Simples): Para a maioria dos testes de rotina e ensino, modelos simples de UV-Vis que oferecem as medições fundamentais (fotometria e quantitativa) são suficientes e econômicos.
- Pesquisa e Indústria (Alta Performance): Se você trabalha com microvolumes (DNA/Proteínas), ensaios cinéticos rigorosos ou precisa de rastreabilidade (GLP/CFR-21), instrumentos com sistema Duplo Feixe e baixíssima luz espúria (como o PERSEE T10DCS) são a escolha ideal para garantir resultados inquestionáveis.
A Biosystems possui um portfólio completo de equipamentos de laboratório, com modelos de espectrofotômetros UV-Visíveis para todas as aplicações e orçamentos.
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